O meu amor é como um passarinho:
às vezes voa, canta ou adormece.
Que som é esse que vem do jardim,
enquanto os frutos apodrecem nos vitrais?
Embebeu em sódio e morreu de tédio
- nenhum vivente veio ter-lhe ao leito.
Sem qualquer mistério ou misericórdia
a procissão do dia ia: Ave Maria!
Par ou coroa/ação, pensamento...
Que antigo segredo jazia na lápide?
A confissão do réu fora soberba.
O abajur lilás não é mais aquele
e eu já estou cansado do comum das coisas...
Mas chega de soneto. Tá legal!
(1976)
Nenhum comentário:
Postar um comentário